Bolsonaro nomeia Augusto Aras como Procurador-Geral da República



BRASÍLIA (Reuters) - O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou nesta quinta-feira que escolheu Augusto Aras para ser o novo principal promotor público do país, sucedendo Raquel Dodge quando seu mandato de dois anos terminar em duas semanas.

A nomeação de Aras, um promoto menos conhecido, para a poderosa posição de Promotor Geral da República, ou PGR, irritou outros promotores. Ele deve ser confirmado pelo Senado em pouco tempo.

Bolsonaro, que tem sido amplamente criticado por não fazer o suficiente para proteger a floresta amazônica em meio aos incêndios, disse que escolheu Aras porque compartilhou a opinião de que as preocupações ambientais não devem atrapalhar o desenvolvimento agrícola.

"Uma das coisas que conversamos com ele, e ele já estava bem alinhado com isso, era a questão ambiental, a necessidade de respeitar o agricultor e casar com a proteção ambiental e o agricultor", disse Bolsonaro aos repórteres.

A nomeação de Aras, 60 anos, foi recomendada a Bolsonaro pelos aliados conservadores.

Ao escolhê-lo, Bolsonaro rompeu com a prática, desde 2003, de nomear o primeiro promotor a partir de uma lista de três candidatos elaborada pelos procuradores federais do país.

A Associação Nacional de Promotores Públicos Federais, a ANPR, disse que a nomeação foi antidemocrática e convocou seus membros a organizar um protesto nacional na segunda-feira para defender a independência da PGR.

"Esta nomeação, como expressou o presidente Bolsonaro, é uma escolha pessoal resultante da afinidade de seu pensamento", disse a associação em um comunicado.

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