Presidente Trump Discute Incêndios na Amazônia com o Polêmico Líder Brasileiro Jair Bolsonaro

O presidente Donald Trump conversou com o colega Jair Bolsonaro ao telefone na sexta-feira, dia em que o presidente brasileiro autorizou o exército de seu país a ajudar no combate a incêndios florestais maciços que atualmente consomem partes da floresta amazônica.


Trump diz que conversou com Bolsonaro e ofereceu assistência americana no combate aos incêndios na Amazônia. Cientistas dizem que o número de incêndios aumentou 84% em 2019 em comparação com um ano atrás.

"Acabei de falar com o presidente @JairBolsonaro do Brasil", twitou Trump. "Nossas perspectivas relações comerciais futuras são muito empolgantes e nossa relação é forte, talvez mais forte do que nunca. Eu disse a ele que se os Estados Unidos puderem ajudar com os incêndios na Floresta Amazônica, nós estamos prontos para ajudar!


Um funcionário dos EUA disse que não houve nenhum pedido formal do governo de Bolsonaro, mas houve conversas entre eles e os EUA sobre assistência no combate aos incêndios.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse que o Brasil "ainda não solicitou assistência". ... Estamos prontos para considerar qualquer pedido desse tipo".

 "Compartilhamos as preocupações do governo brasileiro sobre os incêndios florestais na Amazônia e seu impacto nas comunidades e recursos naturais da região", acrescentou o porta-voz.

Enquanto o senador Brian Schatz, do D-Havaí, ameaçou na quinta-feira reter assistência estrangeira ao Brasil por causa do manejo dos incêndios por Bolsonaro, o porta-voz disse que o Departamento de Estado "continua a trabalhar com o Brasil para aumentar o investimento em florestas saudáveis, criando incentivos para proteger esses recursos naturais críticos".

 Bolsanaro, um conservador franco que tem sido comparado a Trump, confirmou sexta-feira à noite que teve uma conversa com o presidente dos EUA.

"Tive uma excelente conversa hoje com o presidente @realDonaldTrump. As relações entre o Brasil e os EUA estão melhores do que nunca", twitou em português. "Temos um desejo mútuo de lançar em breve uma grande negociação comercial para promover a prosperidade de nossos povos.

"O Presidente Trump também tem estado disponível para nos ajudar a proteger a Amazônia e combater os incêndios, se quisermos, bem como para trabalhar em conjunto por uma política ambiental que respeite a soberania dos países.

O governo de Bolsonaro tem sido criticado por seu papel na explosão da taxa de incêndios florestais no ambiente natural crítico. Houve mais de 9.500 incêndios desde a última quinta-feira, segundo o explorador NatGeo e conservacionista Andres Ruzo.


Ele foi para a ofensiva e culpou organizações não-governamentais por terem intencionalmente incendiado o local para que ele ficasse mal, uma reivindicação da qual ele não ofereceu nenhuma evidência.

Críticos nacionais e internacionais criticaram Bolsonaro por aumentar as atividades madeireiras e de mineração nas selvas. A indústria brasileira de carne bovina, a maior do mundo, também contribuiu para o desmatamento.

 "A Amazônia está literalmente em chamas", disse Schatz em nota na quinta-feira. "E em vez de enfrentar esta crise, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro apontou o dedo às organizações não-governamentais encarregadas de proteger a floresta tropical e chamou de falsificados os relatórios de seu próprio governo sobre o desmatamento. Os Estados Unidos não podem tratar isso como se nada fosse".

As florestas amazônicas são críticas não só para a América do Sul, mas para toda a Terra como produtora de 20% do oxigênio do mundo inteiro.