BOLSODÓRIA: DÁ PRA CONFIAR?

O João Dória, no final do primeiro turno das eleições deste ano, resolveu que deveria apoiar o Jair Bolsonaro. Não apenas devido a isso, o candidato a governador de São Paulo pelo PSDB conseguiu garantir uma vaga para o segundo turno. Entre o João Dória e o Marcio França do Partido Socialista Brasileiro, a verdade é que o estado de São Paulo está em uma situação desfavorável e que os paulistas deverão tomar uma decisão. Em um segundo turno, não dá para ficar em cima do muro. Um dos dois candidatos, apesar dos dois serem péssimos políticos, será o novo governador de São Paulo.

O apoio de João Dória a Bolsonaro foi uma tacada de mestre. Ele percebeu que o suporte a Bolsonaro, pelo país todo, é massivo. Ao apoiar a candidatura do Capitão logo no primeiro turno, ele mandou uma mensagem clara de que pretende ajudar o candidato do PSL caso o mesmo se torne presidente do Brasil. Do outro lado, Marcio França disse que não vai apoiar nem o Haddad e nem o Bolsonaro, o que, pra ele, ajuda em nada.

Isso não quer dizer que, em 2019, o João Dória será, de fato, um aliado do Bolsonaro. Quando o candidato do PSDB era prefeito de São Paulo, qualquer um deve se lembrar que ele não era tão simpático ao Capitão. Além disso, o João Dória deslizou muito como prefeito da cidade de São Paulo. Ele disse, por exemplo, que ficaria até o final do mandato. Naquela época, ele pode até ter pretendido ficar os 4 anos na prefeitura da capital paulista, mas ele perdeu muitos eleitores ao não cumprir promessas dessa conjuntura. Vale lembrar que ele tomou, para si, a briga iniciada pelo Michel Temer para a instituição de tributos sobre serviços como o Netflix. O João Dória, que se dizia ser uma pessoa liberal, acabou indo contra os seus princípios expostos ao propor uma medida de tal calibre.

O rival do João Dória, entretanto, é um socialista, tanto que o mesmo é o candidato do Partido Socialista Brasileiro. Por mais que o João Dória possa ser, também, um socialista, parece que pelo menos ele tenta esconder esse fato. Ainda assim, não se sabe se o João Dória é, de fato, um sujeito que olha com bons olhos para o socialismo. Como prefeito de São Paulo, o João Dória começou com boas medidas e uma boa reputação. Logo de cara, ele adotou diversas iniciativas liberais que contribuíram, em peso, para o desenvolvimento da cidade. Vale lembrar que foi ele quem, de fato, tentou resolver o problema da Cracolândia.

Bolsonaro, por sua vez, decidiu não apoiar nenhum dos candidatos, o que é uma estratégia condizente com a sua situação atual e aquela do estado de São Paulo. Bolsonaro não pode apoiar Marcio França, pois o mesmo é do Partido Socialista Brasileiro, e não pode lançar apoio direto à candidatura de João Dória, pois o mesmo é do PSDB. O PSDB, durante o primeiro turno, atacou Bolsonaro covardemente através do seu tempo de TV. Apoiar um candidato do PSDB, nestas eleições, seria uma contradição por parte do Capitão. Além disso, o Bolsonaro deve acreditar que o PSL deveria ter lançado seu próprio candidato a governador de São Paulo, uma vez que, certamente, teria ganhado ou ido até o segundo turno. O PSL, pelo que vejo, errou muito ao não ter lançado um candidato próprio para São Paulo.

Entre as duas opções, ao meu ver, a menos pior é o João Dória. O estado de São Paulo não pode ser governado por alguém do Partido Socialista Brasileiro.

Vídeo no Youtube: https://youtu.be/n8z2AMVUgqA

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